Onde tudo começa? O Inglês como ferramenta comunicativa desde a primeira infância.

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Educar crianças para o mundo contemporâneo requer o desenvolvimento de uma série de habilidades e competências complexas, relacionadas às características e desafios dos tempos em que vivemos. Entre elas, sem dúvida está a capacidade comunicativa em diferentes meios e contextos, sejam eles sociais, culturais ou tecnológicos. 

Hoje, a formação das novas gerações passa necessariamente pela familiarização de ferramentas digitais, por exemplo, cada vez mais presentes na vida cotidiana. Da mesma forma, a globalização e a intensificação da conectividade torna o domínio de diferentes idiomas algo extremamente valorizado, em especial da língua inglesa, que nas últimas décadas se consolidou como padrão internacional de comunicação. 

No entanto, é importante ressaltar que saber comunicar-se vai muito além das normas formais de uma língua. A comunicação plena depende também da apropriação profunda da linguagem: é preciso saber se expressar por meio dela, possibilitando que seu uso seja carregado de sentido, com consciência e criticidade.

Para além de internalizar regras e garantir vocabulário, é preciso que o aprendizado da língua se dê com base na construção de significado, fazendo com que seus usuários sejam capazes de usá-la de maneira integral, compreendendo e manifestando-se por intermédio do idioma.

Nesse sentido, quanto antes se inicia o processo de familiarização e de construção de significado, maiores são as chances dos indivíduos se apropriarem verdadeiramente da língua. E é por isso que aqui no Fórum Cultural, uma Escola em Niterói, acreditamos na importância do contato com o Inglês desde sempre, ainda na primeira infância.

Por mais que o Fórum não seja uma Escola bilíngue, estamos fortemente comprometidos com o desenvolvimento do bilinguismo dentro de nosso currículo. Sendo o Inglês nossa segunda língua, os alunos e alunas começam a vivenciar o idioma de maneira natural logo no início do processo de escolarização, o que perdura ao longo de toda a educação básica.

Assim, as crianças começam a relacionar-se com a língua inglesa já no Maternal, respeitando os limites da faixa etária. Ao mesmo tempo em que estão explorando e aprendendo a identificar o Português como uma ferramenta comunicativa, conhecendo novas palavras, expressões e entonações, os pequenos também se aproximam do Inglês, percebendo-o como mais uma ferramenta expressiva à sua disposição.

Durante o desenvolvimento infantil, as crianças investigam o mundo por meio de pesquisas em que o todo é fortemente articulado. Ao acompanhar o crescimento de uma planta, por exemplo, elas descobrem ao mesmo tempo sobre o funcionamento dos ciclos da natureza, a história das plantas, a existência de novos termos botânicos e a importância do sol e da água, o que permite estabelecer paralelos entre a vida vegetal e humana.

Deste modo, grande parte da riqueza dos aprendizados está nessa indistinção do que são conhecimentos linguísticos, conhecimentos históricos e conhecimentos do campo das ciências naturais. As experimentações estão sempre conectadas, o que permite à escola aproveitar-se desta qualidade privilegiada, própria da primeira infância, para potencializar o processo de ensino-aprendizagem.

Ou seja, mais do que explorar a língua isoladamente, em aulas de Inglês, a apropriação do idioma vem a partir da convivência com ele, em que o idioma é mobilizado de modo natural pelas crianças para tratar de assuntos diversos. Seja nas duas horas semanais de Inglês oferecidas no Maternal, seja na uma hora dedicada diariamente ao idioma durante a Educação Infantil, as crianças acostumam-se com a presença da língua em seu cotidiano. 

Esse contato imersivo permite que elas próprias possam identificar e escolher quando fazer uso da língua de acordo com as próprias necessidades comunicativas, e não somente dentro do contexto de uma aula específica. Como nesta fase da escolarização ainda não há uma preocupação com o formalismo linguístico (assim como também em relação ao Português), as crianças sentem-se mais à vontade para colocar o Inglês em prática, de forma espontânea.

É essencialmente esta base da educação linguística que, se construída de maneira sólida ao longo dos primeiros anos de vida, possibilita que os alunos e alunas conquistem, mais tarde, outras habilidades também necessárias no idioma, capazes de proporcionar a formação de uma cidadania global. A estruturação dessa visão de continuidade no projeto pedagógico do Fórum Cultural promove, inclusive, uma maior facilidade na preparação formal para exames de proficiência, feita nos últimos anos escolares.

Tudo isso faz com que a aproximação ao bilinguismo não se dê de modo mecânico, forçado e isolado. Muito pelo contrário, permite que as crianças e os jovens se formem enquanto sujeitos capazes de compreender e se expressar em Inglês, com fluência nas suas quatro competências (reading, writing, speaking and listening — ler, escrever, falar e ouvir), agregando a elas o repertório cultural que a própria vivência da língua propicia.


Esse conteúdo é de autoria de Adriana Hassin, Diretora Executiva do Fórum Cultural, em parceria com Renatta Albuquerque, Coordenadora de Inglês, e Mariana Aquino, Coordenadora da Educação Infantil.