ORIENTAÇÃO SOBRE CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA DA FAIXA ETÁRIA

Frequentemente, nossos cérebros estão expostos a uma intensa quantidade de conteúdos e informações que chegam a nós em alta velocidade. As ferramentas que usamos para consumir esses conteúdos demandam um entendimento das tecnologias disponíveis atualmente. Seja por meio do celular, do tablet, da televisão, de notebooks ou de outros aparelhos, a internet é presença certa e indispensável na rotina que enfrentamos, a despeito da idade. Sendo assim, faz-se necessário lembrar e salientar que nem todo conteúdo é coletivo, ou seja, nem sempre um material é destinado a todos os públicos, uma vez que, no mundo virtual, coexistem usuários de diferentes faixas etárias.

A Classificação Indicativa, respaldada pelo Ministério da Justiça e cunhada no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), existe em prol da defesa e da promoção dos direitos de um grupo específico, a saber, as crianças e os adolescentes. Assim, quando esse grupo é exposto a conteúdos impróprios para suas faixas etárias, há uma absorção de informações sem amadurecimento biológico, psicológico e emocional para tal. Dessa maneira, levando em consideração uma geração que domina a tecnologia mesmo antes da alfabetização, que, tendo em vista a rapidez e a intensidade do processo, quase não têm tempo para interpretar o conteúdo daquilo que recebe, torna-se nítida a necessidade da regulação do que lhes é oferecido.

É, então, de suma importância respeitar a classificação indicativa da programação midiática ofertada a seus filhos e filhas e garantir-lhes orientação, apontando conteúdos apropriados ou inapropriados, em consonância com suas faixas etárias e com seus lugares de inserção biopsicossocial.

A exposição de crianças a conteúdos inadequados como sexo, nudez, drogas e violência pode não só perturbá-las como, de maneira ainda mais grave, influenciar a formação do caráter e da personalidade de cada uma, acarretando, muitas vezes, transtornos psicológicos como ansiedade, problemas de relacionamento, deturpação da realidade e uma vida adulta doentia.

Por isso, peço, encarecidamente, que estejam atentos aos filmes, jogos, vídeos e demais conteúdos aos quais seus filhos e filhas tenham acesso.

MARCUS FERRASSOLI
Coordenador Pedagógico do Ensino Fundamental 2 e Médio do Fórum Cultural.